"Somos responsáveis para sempre por aquilo que cativámos", dizia Saint'Exupery.
Neste modo de alargar as nossas fronteiras, somos percorridos por um entusiasmo vestido de ousadia, coragem, auto-confiança. É perceber que somos feitos de uma força eterna e veloz, que quer ser sempre nova e original. E não precisamos de nos defender, sabemos a certeza a que fomos chamados, que a História tem um final feliz. E caminhamos, corremos, viajamos, voamos para longe, para tão longe...
É importante, na busca do nosso equilíbrio interior, encontrar algumas pedras que nos sirvam de fundamento, uma espécie de linha espiritual que guie o nosso dia e a nossa acção. Pode ser uma palavra, um sentimento, algo que seja o fundo e a base daquilo que colorimos.E quando as coisas caem na monotonia, independentemente de serem bons ou maus momentos, a reacção mais provável é tentarmos novas coisas, encontrar mais lugares onde caminhar, porque parece que estes não funcionam ou já deram tudo o que tinham a dar.
E em tantos compromissos que assumimos, nenhum acaba por ser o nosso único, definitivo no qual tudo se vive, não como mais um acrescento, mas como uma consequência.E é tão fácil enchermo-nos de vazios coloridos e musicais... que nos fazem voar na fantasia, mas longe das raízes da alma.Se no meu tempo tão disperso tiver lugar para encontrar todos os dias o meu ponto de origem, é sinal que os meus compromissos partem do meu rosto e não de uma pintura minha. E o meu rosto mais autêntico é compromisso com a Vida, e compromisso fiel às outras vidas... descobrir a verdade no Mundo.
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