29 janeiro 2007

O Abortista....



Começa à meia-noite de hoje a campanha eleitoral do Referendo sobre o Aborto.
Pela minha parte deixo este pequeno testemunho do Médico Bernard Nathanson, no seu livro "The Hand of God".


Fui certa vez ouvir uma conferência dada por um médico norte-americano chamado Bernard Nathanson, que, para começar, pousou as mãos abertas sobre a mesa e disse que aquelas mãos tinham feito muitos milhares de vítimas. Era um homem profundamente arrependido, que corria o mundo procurando resgatar alguma paz interior, um homem perseguido por terríveis remorsos. A utilização de uma nova tecnologia para estudar o feto no útero, quando se tornou director de um grande hospital de obstetrícia, fê-lo compreender a enormidade do seu erro. Pessoalmente responsável por 75 000 abortos, tinha sido pioneiro do abortismo nos Estados Unidos, fundando o N.A.R.A.L com o propósito de revogar as leis americanas, que eram contrárias ao aborto. Em apenas cinco anos, de 1968 a 1973, apesar de a maioria dos americanos serem contra o aborto livre, conseguiu que este fosse legalizado até ao momento anterior ao nascimento.


Como o conseguiu?


"A primeira táctica era ganhar a simpatia dos media. Convencemos os meios de comunicação de que permitir o aborto era uma causa liberal (…). Nós simplesmente fabricámos resultados de sondagens fictícias (...) - que 60% dos americanos eram favoráveis à liberalização do aborto (...). Poucas pessoas gostam de fazer parte da minoria (...). Enquanto o número de abortos ilegais era aproximadamente de 100 000, nós dizíamos incessantemente aos meios de comunicação que o número era de 1 000 000. A repetição de uma grande mentira convence o público. O número de mulheres que morriam em consequência de abortos ilegais era cerca de 250. O número que dávamos constantemente aos meios de comunicação era 10.000 (…)". "A segunda táctica era atacar o catolicismo. Nós difamávamos sistematicamente a Igreja Católica e as suas "ideias socialmente retrógradas", e apresentávamos a hierarquia como o vilão que se opunha ao aborto. Esta música foi tocada incessantemente. Divulgávamos aos media mentiras como: "todos sabemos que a oposição ao aborto vem da hierarquia e não da maioria dos católicos", "as sondagens provam que a maioria dos católicos quer uma reforma"... E os media martelavam tudo isto sobre os americanos, persuadindo-os de que quem se opusesse ao aborto livre estava sob a influência da hierarquia católica e que os católicos favoráveis ao aborto eram esclarecidos e progressistas. O facto de que as outras religiões, cristãs e não cristãs, eram (e ainda são) completamente opostas ao aborto foi constantemente silenciado, assim como as opiniões dos ateus pró-vida." "A terceira táctica era obscurecer e suprimir toda a evidência de que a vida se inicia na concepção. Uma táctica favorita dos abortistas é a ideia de que é impossível saber quando se inicia a vida humana; que isso é uma questão teológica, moral ou filosófica; nada científica. Ora a fetologia tornou inegável a evidência de que a vida se inicia na concepção... (…) A permissividade do aborto é claramente a inegável destruição de uma vida humana (…). Como cientista, eu sei - e não apenas "acredito" - que a vida humana se inicia na concepção".

28 janeiro 2007

Não terei vivido em vão....!


Se evito que um coração se rompa
não terei vivido em vão;
se mitigo a dor de uma vida,
ou alivio de um sofrimento,
ou levo de novo ao ninho
uma pomba ferida,
não terei vivido em vão.

Se não deixo que a tristeza esmague os meus amigos
não terei vivido em vão;
Se abro portas de esperanças,
se encaminho para alegria,
ou dou o ombro para chorar,
não terei vivido em vão.

24 janeiro 2007

As etiquetas....!

Quantas vezes olhamos para as pessoas e não sentimos empatia.
Vimo-las durante muito tempo, regularmente, mas a empatia que não se cria, até nem recordamos o seu nome.
Normalmente não nos fala, e colamos-lhe a etiqueta de antipático.
Por vezes, temos a possibilidade de conversar, mas acabamos sempre por discutir.
Há pessoas que mesmo achando-as distantes, há algo que nos faz dizer que se calhar essa pessoa é diferente daquilo que mostra ser.
Até que um dia, por razões que dificilmente nos recordamos, começamos a conversar. À medida que o tempo passa sentimos que afinal aquela pessoa até é bastante interessante. Passamos a falar de diversos assuntos, contamos-lhe coisas de um passado que só conhece pelas histórias que dele ouviu, falamos de coisas tão diferentes …. Como há muito que a outra etiqueta ficou, algures, perdida… Ficamos a pensar nas pessoas que nunca verdadeiramente conhecemos, por não termos tempo nem vontade de confirmar que pode haver muitas etiquetas que se descolem milagrosamente se tivermos tempo para as descobrir.
Não te imaginava nada assim…Nem eu…
As etiquetas eram, portanto, mútuas.
Mas o tempo fez-nos ver que cada um é sempre uma pessoa interessante!

22 janeiro 2007

Os Sentimentos.....!


A fonte principal de dificuldades nas relações inter-pessoais são os sentimentos próprios e alheios. Na cultura dominante dos nossos dias é frequente ignorá-los ou até mesmo negá-los. Nada é mais natural do que ter sentimentos, é preciso aceitá-los, sejam eles quais forem: solidão, alegria, tristeza, amor, inveja, angústia, ansiedade... isto é próprio do ser humano! É importante saber que os sentimentos não são bons nem maus, eles são um sinal de consonância ou dissonância com os outros que nos rodeiam.
O mais importante nas relações inter-pessoais é prestar atenção aos sentimentos dos outros, sobretudo quando são expressos de maneira indirecta. Mas é preciso encontrar o momento oportuno para exprimir os sentimentos directamente, ainda que isto suponha sempre um investimento arriscado. A relação entre os dois será então, sem dúvida alguma, mais estreita, mais nítida, mais compreeensiva, mais pessoal.
Mas só estaremos bem com outro, se estivermos bem connosco. E isso só é possivel quando aceitamos a nossa própria afectividade, temos uma certa coerência no nosso agir, desenvolvemos uma boa capacidade de comunicar e sempre nos responsabilizamos pelos próprios actos.
No entanto, os sentimentos são muitas vezes reprimidos em nome de principios de vida, que por não serem admitidos, se reprimem e resultam na sua absolutização. A moral não se deve meter antes do tempo, o sentir é pré-moral pois não depende da minha liberdade.
O Papa João Paulo II afirmava que o amor, no seu conjunto, não se reduz à emoção nem ao sentimento, que não são senão alguns dos seus componentes. Um elemento mais profundo, e de longe o mais essencial de todos, é a vontade, que tem o papel de modelar o amor no homem. Na amizade - ao contrário do que sucede na simpatia - a participação da vontade é decisiva.
Toda a falta de verdade comigo, mais cedo ou mais tarde é fonte de grande conflitos internos e externos. As mudanças superficiais são sempre rápidas, as mudanças interiores são lentas e profundas.
E como dizia Saint-Exupéry "O essencial não se vê com os ouvidos, mas sim com o coração".

Para algumas mulheres!



16 janeiro 2007

O Amigo....!

Deus, na sabedoria, criou o amigo.
Alguém em que se possa confiar, um amigo fiel que nos compreenda,e nos estenda sempre a mão para ajudar.
Ele sentiu que precisaríamos de alguém, que nos confortasse quando estivéssemos tristes,cuja especial ternura e sorriso feliz,nos fizesse sentir que vale a pena viver.
Alguém com quem dar um passeio, compartilhar um livro ou um segredo.
Falar ao telefone, mas que também, perceba a nossa necessidade de estar algum momento a sós. Deus criou o amigo para ser alguém que sempre nos alegramos em rever.


14 janeiro 2007

Um casamento em Caná.....



Sempre que oiço a cena evangélica das Bodas de Caná (João 2, 1-11a), como hoje me aconteceu na missa, vem-me sempre à memória um quadro de Paolo Veronese que tive a oportunidade de ver no Louvre, quando procurava o famosíssima Mona Lisa (também conhecida como La Gioconda, a mais notável e conhecida obra do pintor italiano Leonardo da Vinci ) e ao entrar numa grande sala deste museu Parisiense, dei de caras com este imponente, magistral e lindíssimo quadro. Para quem não sabe Paolo Veronese (1528?-1588), é um pintor italiano, que foi dos mais destacados mestres da escola veneziana. O seu nome verdadeiro era Paolo Caliari, ficando conhecido como Veronese por ter nascido na cidade de Verona. A magnífica obra de Paolo Veronese é essencialmente de temas cristãos. Ampla e rica em cores.
A pintura "Bodas de Caná" foi executada em 2 anos, 1562 e 1563. É uma pintura de grandes dimensões: 6,69m por 9,90m. A pintura foi encomendada pelos monges Beneditinos para cobrir completamente a parede de um refeitório. Foi feita num atelier onde vários outros aprendizes e outros colaboradores ajudaram a pintar a obra. Um dos aspectos mais interessantes da pintura é a representação de dois tempos, pois na mesa, no plano inferior está Jesus e a Virgem Maria, bem como os apóstolos. Mas na outra parte da mesa e na maior parte do quadro as figuras representadas são figuras da época, Venezianos. Assim além da cena bíblica temos presente o século XVI em todo o esplendor da vida cortesã da época. Nesta pintura Veronese introduziu a azáfama dos criados a servirem a refeição, o que não era frequente.

12 janeiro 2007

Boa Sorte...!

Há dias que pela sua importância nos marcam.
Sei que para alguém, o dia de hoje é muito importante.
Entre o passado que nos foge e o futuro que ignoramos,
está o presente, que é onde está a nossa obrigação de decidir o melhor possivel!
BOA SORTE!

10 janeiro 2007

Adiamento....!



Depois de amanhã, sim, só depois de amanhã...
Levarei amanhã a pensar em depois de amanhã
E, assim será possível; mas hoje não...
Não, hoje nada; hoje não posso.
A persistência confusa da minha subjectividade objectiva,
O sono da minha vida real, intercalado,
O cansaço antecipado e infinito,
Um cansaço de mundos para apanhar um eléctrico...
Esta espécie de alma...Só depois de amanhã...
Hoje quero preparar-me,
Quero preparar-me para pensar amanhã no dia seguinte...
Ele é que é decisivo.
Tenho já o plano traçado; mas não, hoje não traço planos...
Amanhã é o dia dos planos.
Amanhã sentar-me-ei à secretária para conquistar o mundo;
Mas só conquistarei o mundo depois de amanhã...
Tenho vontade de chorar,Tenho vontade de chorar muito de repente, de dentro...
Não, não queiram saber, é segredo, não digo.
Só depois de amanhã...
(...)
Amanhã te direi as palavras, ou depois de amanhã...
Sim, talvez só depois de amanhã...
(...)
(Álvaro de Campos)




Aquele que Sabe....!

"Aquele que sabe e sabe que sabe
é sábio - segue-o
Aquele que sabe e não sabe que sabe
está a dormir - acorda-o
Aquele que não sabe e não sabe que não sabe
é um idiota - enxota-o
Aquele que não sabe e sabe que não sabe
é simples - ensina-o"
(Provérbio Árabe)

09 janeiro 2007

Estado de Felicidade....!

O principal objectivo do Homem, não é transportar-se para um impossível estado de felicidade, mas sim tentar adquirir firmeza e paciência diante do sofrimento. A vida acontece no equilibrio entre a alegria e a dor. Quem não arrisca para além da realidade jamais encontrará a verdade.
É coisa singularmente séria viver-se neste mundo!

07 janeiro 2007

"Sábios Porcos Espinhos"


Durante a era glacial, muitos animais morriam por causa do frio.
Os porcos-espinhos, percebendo esta situação, resolveram juntar-se em grupos, e assim se agasalhavam e protegiam mutuamente.
Mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que forneciam calor. E, por isso, tornavam-se afastar uns dos outros.
Voltaram a morrer congelados e precisavam fazer uma escolha: Desapareceriam da face da terra ou aceitavam os espinhos do semelhante.
Com sabedoria, decidiram voltar e ficar juntos. Aprenderam assim a conviver com as pequenas feridas que uma relação muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor do outro.
Sobreviveram!

(anónimo)

05 janeiro 2007

Ao meu lado....


Foi num dia em que o passeio
Escaldava e o Rio o arrefecia
Que decidimos percorrer toda a Marginal
O passeio estava recheado de pessoas
Pessoas essas que no seu rosto
Permanecia alegria, humor e descanso.
Durante a dita caminhada, reparei
Que havia pessoas de todos os cantos
Do globo, de todas as cores e nacionalidades.
Em simultâneo reparava no Rio,
Sereno e calmo, governava
A cor esmeralda que pintara o fundo...
No céu, totalmente azul, pairavam
As gaivotas, procurando impacientemente
Um peixe perdido para saciarem a sua fome...
Queria ouvir-te
perto e longe
a contar-me as tuas histórias e verdades
sempre ouvir-te
Para trás já ia umas longas horas
E em diante avistara bem perto
O fim da imensa infinidade do Rio,
Que encontra o Mar.
Cansado, um pouco, calor, algum,
E, satisfeito, observava tudo
O que tinha caminhado, até que,
Inesperadamente, observei o impossível,
O impossível tornara-se realidade
E me perguntei
"Será aquilo um anjo?"
Não... era apenas tu que ias ao meu lado
E que bem me fazias
Que vou fazer, pensei,
Através do silencio do meu olhar, te ditei
Palavras carinhosas... de amizade... e rezei!
(Anónimo)

Como Será Estar Contente?

Como será estar contente?
Lançar os olhos em volta,
moderado e complacente,
e tratar com toda a gente
sem tristeza nem revolta?
Sentir-se um homem feliz,
satisfeito com o que sente,
com o que pensa e com o que diz?
Como será estar contente?

(António Gedeão)

03 janeiro 2007

Não Matarás....


Como é estranho tomar uma decisão,
que sendo aparentemente a mais certa,
faz-nos sentir mal,
porque é a mais incorrecta...
e pode fazer sofrer!

NÃO À PENA DE MORTE!


01 janeiro 2007

O que eu desejo para si....

Desejo primeiro que ame,
E que amando, também seja amado.
E que se não for, seja breve em esquecer.
E que esquecendo, não guarde mágoa.
Desejo, pois, que não seja assim,
Mas se for, saiba ser sem desesperar.
Desejo também que tenha amigos,
Que mesmo maus e inconsequentes,
Sejam corajosos e fiéis,
E que pelo menos num deles
possa confiar sem duvidar.
E porque a vida é assim,
Desejo ainda que tenha inimigos.
Nem muitos, nem poucos,
Mas na medida exacta para que, algumas vezes,
Se interpele a respeito
Das suas próprias certezas.
E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo,
Para que não se sinta demasiado seguro.
Desejo depois que seja útil,
Mas não insubstituível.
E que nos maus momentos,
Quando não restar mais nada,
Essa utilidade seja suficiente para se manter de pé.
Desejo ainda que seja tolerante,
Não com os que erram pouco, porque isso é fácil,
Mas com os que erram muito e irremediavelmente,
E que fazendo bom uso dessa tolerância,
Sirva de exemplo aos outros.
Desejo que sendo jovem,
Não amadureça depressa demais,
E que sendo maduro, não insista em rejuvenescer
E que sendo velho, não se dedique ao desespero.
Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor e
É preciso deixar que escorram por entre nós.
Desejo por sinal que seja triste,
Não o ano todo, mas apenas um dia.
Mas que nesse dia descubra
Que o riso diário é bom,
O riso habitual é insosso e o riso constante é insano.
Desejo que se descubra ,
Com a máximo urgência,
Acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos,
Injustiçados e infelizes, e que estão à sua volta.
Desejo ainda que se acolha um gato,
Alimente um cuco e ouça o joão-de-barro
Erguer triunfante o seu canto matinal
Porque, assim, se sentirá bem por pouco fazer.
Desejo também que plante uma semente,
Por mais minúscula que seja,
E acompanhe o seu crescimento,
Para que saiba de quantas
Muitas vidas é feita uma árvore.
Desejo, também, que tenha dinheiro,
Porque é preciso ser prático.
E que pelo menos uma vez por ano
Coloque um pouco dele
Na sua frente e diga "Isso é meu",
Só para que fique bem claro quem é o dono de quem.
Desejo também que nenhum de seus afectos morra,
Por ele e por si,
Mas que se morrer, possa chorar
Sem se lamentar e sofrer sem se culpar.
Desejo por fim que sendo homem,
Tenha uma boa mulher,
E que sendo mulher,
Tenha um bom homem
E que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes,
E quando estiverem exaustos e sorridentes,
Ainda haja amor para recomeçar.
E se tudo isso acontecer,
Não tenho mais nada para lhe desejar.


(Anónimo)