"Cai o pano sobre o que não se deu e eu recolho a casa com a gola de um casaco de empregado do comércio erguida sem estranhezas sobre o pescoço de um poeta, com as botas sempre compradas na mesma casa evitando sempre inconscientemente os charcos da chuva fria, e um pouco preocupado, misturadamente, de me ter esquecido sempre do guarda-chuva e da dignidade da alma"
(Livro do Desassossego, Bernardo Soares)
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