Um sábio que tinha o hábito de meditar sobre o significado das coisas espirituais foi até o oceano e lhe perguntou: “Por que vestes este manto azul da cor do luto? E por que pareces ferver sem fogo?”
O oceano respondeu ao homem de espírito atento: “Estou agitado por estar separado do meu amigo. Por causa da minha insuficiência não sou digno d’Ele, e visto de azul como sinal do pesar que sinto. Em minha dor secou-se a orla dos meus lábios, e é por causa do fogo do meu amor que experimento esta turbação parecida à ebulição. O amor faz as minhas ondas enfurecerem-se; é o fogo que ninguém pode apagar. Os meus lábios salgados têm sede da corrente límpida do Kauçar. Pudesse eu encontrar uma gota dessa água celestial e , à porta do Amigo, gozaria de vida eterna. Sem essa gota morreria de desejo com os milhares de outros que dia e noite perecem no Caminho”.
(Farid ud-Din Attar, in A línguagem dos pássaros (Mantic Uttair), por Álvaro de Souza Machado e Sérgio Rizek)
O oceano respondeu ao homem de espírito atento: “Estou agitado por estar separado do meu amigo. Por causa da minha insuficiência não sou digno d’Ele, e visto de azul como sinal do pesar que sinto. Em minha dor secou-se a orla dos meus lábios, e é por causa do fogo do meu amor que experimento esta turbação parecida à ebulição. O amor faz as minhas ondas enfurecerem-se; é o fogo que ninguém pode apagar. Os meus lábios salgados têm sede da corrente límpida do Kauçar. Pudesse eu encontrar uma gota dessa água celestial e , à porta do Amigo, gozaria de vida eterna. Sem essa gota morreria de desejo com os milhares de outros que dia e noite perecem no Caminho”.
(Farid ud-Din Attar, in A línguagem dos pássaros (Mantic Uttair), por Álvaro de Souza Machado e Sérgio Rizek)
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