Tenho que escolher o que detesto - ou o sonho, que a minha inteligência odeia, ou a acção, que a minha sensibilidade repugna; ou a acção, para que não nasci, ou o sonho, para que ninguém nasceu.Resulta que, como detesto ambos, não escolho nenhum; mas, como hei--de, em certa ocasião, ou sonhar ou agir, misturo uma coisa com outra.
(Bernardo Soares)
2 comentários:
Não. Três vezes não! A única maneira de odiar a a acção é separá-la do sonho. Se a inteligência odeia o sonho é uma inteligência que não tem nada de emocional, só de racional. Portanto, há que sonhar com inteligência e sensibilidade e apenas detestar tudo o que nos impeça de o atingir, porque ele é um caminho para a Felicidade. BB
A vida é toda feita de escolhas. Nós podemos ir para esquerda ou para direita. Ainda, podemos
ficar parados o que também consiste numa escolha.
Escolher é medir certezas e incertezas, colocá-las numa balança e dar um parecer do que parece menos arriscado possível. Assim funciona o mecanismo de escolha. Na prática, tudo se torna mais difícil. As incertezas são as grandes vilãs. Elas são aquilo que eu gosto de chamar de "o desconhecido".
Tudo o que é desconhecido provoca em todo ser humano o medo. Por outras palavras, temos medo
daquilo que não conhecemos.
Buscando aprofundar-se um pouco mais, concluo que todo processo de decisão engloba a análise de
variáveis objetivas e pelo menos uma delas subjetiva. Esta última é o medo.
A dúvida nasce do medo. Por isso é tão difícil fazer escolhas. Algo que poderia ser tão simples como
ir para a esquerda ou para a direita torna-se um dilema. E se eu escolher a direita ao invés da esquerda,o que haverá no final deste caminho? Qual será o resultado desta decisão? Será a melhor opção?
Estarei escolhendo o melhor?
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