Um dos grandes problemas dos Homens é a impaciência, que não é mais do que um sinal de falta de controlo. Se temos pouco tempo não é preciso que nos mostremos impacientes. A tensão só gera incomodidade, ansiedade e perturbação.
Alguém me dizia que é curioso observar a facilidade como fazemos exigências às pessoas que nos rodeiam, especialmente às pessoas com quem temos mais confiança e gostamos. Quando queremos que alguém faça alguma coisa, em vez de lhe darmos ânimo para que se sinta bem e lhe apeteça fazê-lo, exigimos-lo pela via da imposição, não da motivação. Mas quando nos exigem, relegam-nos para uma atitude passiva e submissa que provoca insatisfação. Se a exigência se torna constante a pessoa tenta alivar a tensão, e em vez de fazer o que lhe pedimos ela tenta afastar-se da pessoa que lhe causa mal estar.
Nos casos em que a relação é mais forte, casal, namorados, pais-filhos e amigos, quando se sente que a outra pessoa parece que já não lhe liga tanto ou não lhe presta toda atenção que desejava, facilmente se considera o direito de exigir a conduta que lhe produziria maior tranquilidade, ou sente necessidade de o fazer ainda que se dê conta de que a sua atitude pode ser contraproducente. A partir desse momento, atira à cara da outra pessoa a sua falta de atenção, a mudança de atitude, o facto de não ser cuidadosa, não estar atenta aos pormenores... de tal forma que as situações de tensão começam a incrementar-se, conseguindo o efeito contrário.
A pessoa pressionada vive desconfortável, pois essa situação a faz sentir-se forçada ou culpada. Quando esse sentimento de mal-estar se prolonga, entre outras coisas porque continuam a pressionar, chega um momento em que se desenvolve estratégias para se evitar estar com aquele que me produz conflito e pressão. Quem se sente pressionado apetecer-lhe-á cada vez menos ver a pessoa que lhe exige uma conduta que não lhe é espontânea. O resultado final é que se continuarmos a exigir, talvez algumas vezes obtenhamos o que queremos, mas a longo prazo essa exigência voltar-se-ão contra quem pressiona.
Quem sente que outro se afasta cada vez mais, deve agir com inteligência, em vez de exigir, reforçará e animará, de modo a levar a outra pessoa a que se sinta confortável, cómoda, com forças e motivada.... e assim de certeza que a outra pessoa lhe vai apetecer voltar a estarem junto.
A impaciência será sempre uma barreira na comunicação, as pressas um impedimento, a calma uma ajuda, a empatia um fim (Àlava Reyes)
Pascal afirmava que "O prazer dos grandes homens consiste em fazer outros felizes". Mas só aprendemos a amar não quando encontramos a pessoa perfeita, mas quando conseguimos ver de maneira perfeita uma pessoa imperfeita.
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