VOZES DO MAR
Quando o sol vai caindo sobre as águas
Num nervoso delíquio d'oiro intenso,
Donde vem essa voz cheia de mágoas
Com que falas à terra, ó mar imenso?...Tu falas de festins, e cavalgadas
De cavaleiros errantes ao luar?
Falas de caravelas encantadas
Que dormem em teu seio a soluçar?
Tens cantos d'epopeias?
Tens anseiosD'amarguras?
Tu tens também receios,Ó mar cheio de esperança e majestade?!Donde vem essa voz, ó mar amigo?...... Talvez a voz do Portugal antigo,Chamando por Camões numa saudade!
Florbela Espanca
30 novembro 2006
28 novembro 2006
Olhar para o Mundo
27 novembro 2006
Mar Português....
Mar Português
Ó mar salgado, quanto do teu salSão lágrimas de Portugal!Por te cruzarmos, quantas mães choraram,Quantos filhos em vão rezaram!Quantas noivas ficaram por casarPara que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a penaSe a alma nao é pequena.Quem quer passar além do BojadorTem que passar além da dor.Deus ao mar o perigo e o abismo deu,Mas nele é que espelhou o céu.
(Fernando Pessoa, in Mensagem)
26 novembro 2006
Esperar....
Ao longo da muralha que habitamos
Há palavras de vida há palavras de morte
Há palavras imensas,que esperam por nós
E outras frágeis,que deixaram de esperar
Há palavras acesas como barcos
E há palavras homens,palavras que guardam
O seu segredo e a sua posição
Entre nós e as palavras,surdamente,
As mãos e as paredes de Elsenor
E há palavras e nocturnas palavras gemidos
Palavras que nos sobem ilegíveis À boca
Palavras diamantes palavras nunca escritas
Palavras impossíveis de escrever
Por não termos connosco cordas de violinos
Nem todo o sangue do mundo nem todo o amplexo do ar
E os braços dos amantes escrevem muito alto
Muito além da azul onde oxidados morrem
Palavras maternais só sombra só soluço
Só espasmos só amor só solidão desfeita
Entre nós e as palavras, os emparedados
E entre nós e as palavras, o nosso dever falar.
(Mário Cesariny)
"Esperei muito...! Amanhã quero que seja diferente
Há palavras de vida há palavras de morte
Há palavras imensas,que esperam por nós
E outras frágeis,que deixaram de esperar
Há palavras acesas como barcos
E há palavras homens,palavras que guardam
O seu segredo e a sua posição
Entre nós e as palavras,surdamente,
As mãos e as paredes de Elsenor
E há palavras e nocturnas palavras gemidos
Palavras que nos sobem ilegíveis À boca
Palavras diamantes palavras nunca escritas
Palavras impossíveis de escrever
Por não termos connosco cordas de violinos
Nem todo o sangue do mundo nem todo o amplexo do ar
E os braços dos amantes escrevem muito alto
Muito além da azul onde oxidados morrem
Palavras maternais só sombra só soluço
Só espasmos só amor só solidão desfeita
Entre nós e as palavras, os emparedados
E entre nós e as palavras, o nosso dever falar.
(Mário Cesariny)
"Esperei muito...! Amanhã quero que seja diferente
A Vida....!
A vida não é aquela que se viveu, mas antes aquela que se recorda, e como se recorda para se poder contá-la.
O mais importante que aprendi depois dos quarenta, foi dizer não quando é não. Mesmo que isso me custe muito e seja "contra natura".
Ninguém imagina qual é o elevado preço que se paga para ser o Homem mais simpático e disponível do Mundo.
25 novembro 2006
Proposta para amigos... Um bom restaurante!
- A pedido de vários amigos, coloco neste post as minhas preferências a nível de restaurantes que conheço e que me proporcionaram momentos de grande felicidade.
Começo por colocar os pressupostos que limitaram a minha escolha: para mim um bom restaurante é aquele que, na primeira visita, se tornou um espaço inesperado. Na maioria das vezes encontra-se bem localizado, quer junto ao rio/mar ou dentro da zona histórica de uma cidade. Nele pode-se respirar vários tipos de influências, desde a regional à universal. O seu interior deve ser bonito e acolhedor, de preferência com uma decoração simples mas cuidada. Deve ter uma equipa de profissionais de restauração bem preparada, educada e discreta com os clientes e, por último, o custo de cada refeição deve estar dentro daquilo que considero uma boa relação preço/qualidade, o que obviamente depende do tipo de restaurante escolhido.
Considerando apenas a grande Lisboa, proponho aos meus amigos que se deliciem nos seguintes restaurantes, sendo a ordem cronológica irrelevante:
1. Restaurante XL, em S. Bento.
2. Bica do Sapato, podendo escolher o restaurante convencional e o restaurante de comida Japonesa. No Cais de Sodré, entre o rio Tejo e a estação de Santa Apólonia.
3. A Galeria Gemelli, na Calçada da Estrela.
4. Restaurante Terreiro do Paço.
5. A Comenda, no Centro Cultural de Belém.
6. Café In, na Avenida de Brasília.
7. Eleven, no Parque Eduardo Sétimo.
8. Valle Flor. Hotel Pestana Palace – Alto de S. Amaro.
9. Enoteca de Cascais, na Rua Visconde da Luz - Cascais.
10. Piazza del Mare, Pavilhão Poente, na Junqueira.
De profundis...!
Encontro, algures na minha natureza, alguma coisa que me diz que não há nada no mundo que seja desprovido de sentido, e muito menos o sofrimento. Essa qualquer coisa, escondida no mais fundo de mim, como um tesouro num campo, é a humildade. É a última coisa que me resta, e a melhor (...). Ela veio-me de dentro de mim mesmo e sei que veio no bom momento. Não teria podido vir mais cedo nem mais tarde. Se alguém me tivesse falada dela, tê-la-ia rejeitado. Se ma tivessem oferecido, tê-la-ia rejeitado (...). É a única coisa que contém os elementos da vida, de uma vida nova (...). Entre todas as coisas ela é a mais estranha (...). É somente quando perdemos todas as coisas que sabemos que a possuímos.
(Oscar Wilde, in "De Profundis")
22 novembro 2006
O Perdão...
Não aceitar tudo, mas tudo compreender; não aprovar tudo, mas tudo perdoar; não adoptar tudo, mas procurar em tudo a parcela de verdade que aí se encontra escondida... mas o verdadeiro perdão só se realiza quando aquele que perdoa se esquece que perdoou.
O príncipe romeno Vladimir Ghika, escreveu após vários dias de torturas: "As flores vão até ao ponto de perfumar a mão que as esmaga" .
O verdadeiro amigo é alguém capaz de desagradar cem vezes para ser útil uma... e eu tenho amigos desses!
O príncipe romeno Vladimir Ghika, escreveu após vários dias de torturas: "As flores vão até ao ponto de perfumar a mão que as esmaga" .
O verdadeiro amigo é alguém capaz de desagradar cem vezes para ser útil uma... e eu tenho amigos desses!
Amizade...
QUANDO ME AMEI DE VERDADE
Charles Chaplin
Quando me amei de verdade, compreendi que, em qualquer
circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exacto. Então, pude relaxar.
Hoje, sei que isso tem nome ... auto-estima.
Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu
sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo
contra minhas verdades.
Hoje, sei que isso é... autenticidade.
Quando me amei de verdade, parei de desejar que minha vida fosse
diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu
crescimento.
Hoje, chamo isso de ..... amadurecimento.
Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo
tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo
que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está
preparada, inclusive eu mesmo.
Hoje, sei que o nome disso é... respeito.
Quando me amei de verdade, comecei a me livrar de tudo que não
fosse saudável, pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse
para baixo.
De início, minha razão chamou essa atitude de egoísmo.
Hoje sei que se chama... amor-próprio.
Quando me amei de verdade, deixei de temer meu tempo livre e
desisti de fazer grandes planos, abandonei os projectos megalómanos de
futuro.
Agora, faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu
próprio ritmo.
Hoje sei que isso é... simplicidade.
Quando me amei de verdade, desisti de querer ter sempre razão e,
com isso errei menos vezes.
Hoje, descobri a... humildade.
O Regresso....
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